Antigo deus romano considerado o pai dos deuses.
Segundo uma versão, identifica-se ao Caos grego, tendo originado o próprio mundo. De acordo com outra tradição, antes de ser divinizado, Jano era um mortal, habitante da Tessália.
Acolheu Saturno que foi expulso da Grécia por Júpiter. Como recompensa, o deus conferiu-lhe o poder de conhecer o passado e o futuro. Durante seu reinado, Jano introduziu o uso de barcos e da moeda. Civilizou os aborígines, primeiros habitantes do Lácio, ensinando-lhes o cultivo do solo, criando cidades e estabelecendo leis.
Após sua morte, foi divinizado. É o deus de todas as portas, guarda o interior e o exterior das moradas das cidades. É também o deus tutelar das viagens, especialmente das partidas e regressos; por extensão, tornou-se protetor de todas as vias de comunicação. Protege ainda o início e o fim de todas as atividades. Sob o epíteto de Matutinus Pater, preside o começo do dia. O primeiro mês do calendário romano, “Januarius”, deriva de Jano. (ver "Calendário")
Sua festa, chamada Agonium (sacrifício), era celebrada todo dia 9 de Janeiro. Como deus do passado e do futuro, do início e do fim, das portas que se abrem e fecham, Jano era representado com duas faces contrapostas, tendo numa das mãos uma chave e na outra uma varinha.
Dicionário de Mitologia Greco-Romana
Editora Abril Cultural
-1973-
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