sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Glastonbury: A Lendária Avalon

Dedico esse post a todos os “Kalibrothers”:
Allan Anjos
Marcel Oluap
Pedro Szigethy
Rômulo Martins
Tweagle

Hail Kaliburn!!


Elevando-se acima das planícies de Somerset Levels, Glastonbury Tor, em cujo cimo se ergue a torre de uma igreja em ruínas, constitui um marco inigualável de um dos lugares mais misteriosos da Inglaterra.

Esta pequena e animada povoação atrai visitantes de todos os gêneros: românticos fascinados pelas lendas do Rei Arthur, peregrinos a procura da herança da antiga cristandade, místicos em busca do Santo Graal, enquanto astrólogos são seduzidos pelos rumores da existência de um zodíaco na paisagem.

Glastonbury mais não era do que uma ilha rodeada de pântanos quando os primeiros cristãos alí se estabeleceram. A primeira data digna de menção é de cerca de 705 d. C. Quando o Rei Ine fundou aqui um mosteiro que viria a converter-se numa casa beneditina no século X. Escavações arqueológicas trouxeram à luz restos de primitivas construções feitas de vime e de barro, enquanto dos muitos edifícios de pedra construídos ao longo dos séculos apenas resta o contorno. Muitos são, no entanto, os restos da abadia principal, construída nos séculos XIII e XIV e que se caracterizava por um universo místico próprio.

Lady Chapel, a abadia do século XII, ergue-se no local de uma antiga igreja destruída por um incêndio em 1184 d. C. Tratava-se da “Igreja Velha” que, segundo a tradição, foi construída por José de Arimatéia, o homem que carregou o corpo de Jesus para o túmulo. A lenda conta que José de Arimatéia emigrou depois para Glastonbury, onde edificou uma igreja. Outra lenda narra a forma como ele chegou, de barco, até Wearyall Hill e se inclinou sobre o bastão em atitude de oração. O bastão teria então criado raízes e dele teria nascido uma espécie de espinheiro, o Glastonbury Thorn, que ainda hoje floresce na Páscoa e no Natal na abadia, em frente da Igreja de São João.

:.Foi o Rei Arthur enterrado em Glastonbury?
Apesar do frades afirmarem terem encontrado os restos mortais do rei e de sua Guinevere em 1190, existem ainda muitas dúvidas quanto a veracidade da história; descobertas parecem demostrar que o corpo teria sido enterrado perto de Bridgend, no Sul do País de Gales. Depois da última batalha de Arthur, em Camlann, local que nunca foi identificado, o rei moribundo teria sido levado para a misteriosa Ilha de Avalon. Ordenou então a Sir Bedivere que se desfizesse da sua poderosa espada “Excalibur”, mas, quando aquele cavaleiro a arremessou ao lago, uma mão que saiu da água conseguiu agarrá-la. Onde é que esstranho acontecimento teria acontecido? A resposta mais popular identifica-o como o charco de Pomparles Bridge, perto de Glastonbury, drenado posteriormente.

A sepultura, no chão da abadia, foi descoberta depois do segredo do local ter sido revelado por um trovador galês ao Rei Henrique II. O rei informou então ao abade de Glastonbury, e é possível que, quando houve a reconstrução da abadia depois do incêndio em 1184 d. C., os frades se tivessem lançado à procura do túmulo. A cerca de 2 metros de profundidade encontraram uma pedra achatada com uma cruz gravada e a inscrição seguinte:”Hic iacet sepultus inclitus rex Arturius in Insula Avalonia” - “Aqui jas o famoso rei Arthur na Ilha de Avalon”. A cerca de 2,7 metros abaixo da pedra encontrava-se um caixão feito de um cepo escavado contendo as ossadas de um homem de 2,4 metros com o crânio danificado, assim como outras, de tamanho inferior, identificadas como sendo de Guinevere, por um punhado de cabelo loiro que estava junto.

O Dr. Ralegh Radford, arqueólogo britânico, confirmou, em 1962, que se tinha realmente encontrado um caixão, mas que não havia forma de se saber a quem pertencia. O local assinalado no chão da abadia como sendo túmulo do Rei Arthur é de fato o local onde os ossos voltaram a ser enterrados em 1278, num túmulo de mármore preto, a frente do altar-mor. O túmulo original não está assinalado mas fica a 15 metros da porta de Lady Chapel, voltada ao sul.

:.As Lendas do Outeiro
O Rei Arthur está muito ligado a Glastonbury, como revela um conto muito anterior à anunciada descoberta do seu túmulo. Melwas, Rei de Somerset, raptou Guinevere e manteve-a prisioneira em Glastonbury. Arthur, depois de reunir um grupo de homens, foi com eles até a fortaleza do rei para libertá-la que, segundo pensavam, estaria no outeiro. O abade, no entanto, conseguiu que as partes chegassem a acordo antes de começarem a lutar.

Em 1960, durante as escavações, foram encontradas as ruínas de primitivas construções de madeira no cimo dos 150 metros do outeiro, mas não se conseguiu apurar se tratava-se do Palácio Real ou de alguma construção monástica. Quem habitou alí dispunha, no entanto, de boas instalações: entre os achados contam-se fornos para a fundição de metal, ossos de animais- de vacas, carneiros e porcos – e peças de cerâmica, sugerindo que se bebia vinho do Mediterrâneo.


Durante a época medieval, os monges de Glastonbury edificaram no topo uma igreja dedicada a São Miguel Arcanjo, que foi destruída por um terremoto. A torre que se conserva hoje é tudo que resta de uma outra construída posteriormente em substituição da primitiva. Os monges teriam a intenção de cristianizar o outeiro pagão. Segundo a lenda, trata-se da entrada para “Annwn”, um reino secreto do submundo, cujo senhor era “Gwyn ap Nudd”, rei das Fadas. Quando, no século VI, St. Collen visitou “Gwyn” no outeiro, entrou por uma passagem secreta e encontrou-se de repente no meio do plácio. Submetido a tentações, espalhou água benta à sua volta. O palácio desapareceu e St. Collen encontrou-se sozinho na colina.

:.O Vaso Sagrado
No sopé do outeiro existe uma nascente cujo cantar lembra o pulsar do coração. Esta nascente é também chamada Fonte de Sangue, por suas águas serem daquela cor devido ao óxido de ferro, embora a sua mais famosa designação seja a de Vaso Sagrado, uma vez que a tradição dá como certo ser alí que se esconde o Santo Graal. Esta taça lendária, o cálice usado por Jesus na última Ceia, teria sido trazido para a Inglaterra, também por José de Arimatéia. Dizia-se que o Graal tinha enormes poderes e, depois de ter desaparecido, foi procurado em vão por inúmeros cavaleiros da Távola Redonda.

As lendas de Glastonbury poderão ter um fundo de verdade, mas o fato é que elas envolveram a região numa aura de mistério.

No século XII, o historiador Guilherme de Malmesbury escreveu, referindo-se a abadia de Glastonbury, que “ela transmitia, desde a sua fundação, qualquer coisa de sagrado e de celestial que se espalhava por toda a região...” Apesar das opiniãos discordantes e dos estudos comtemporâneos, Glastonbury é ainda, usando as palavras de Malmesbury, um santuário na Terra.

:.A Senhora do Zodíaco
Com a publicação, em 1929, do livro The Glastonbury: Temple of Stars (Glastonbury: o Templo das Estrelas), a escultora inglesa Katharine Maltwood levantou uma onda de controvérsias. Tendo ilustrado a obra High History of the Holy Grail (escrita cerca de 1200 em Glastonbury. Limitadas pelos contornos naturais dos rios, dos caminhos, dos atalhos, das colinas, dos fossos, das fortificações, estas figuras representavam os 12 signos do zodíaco. Katharine Maltwood estava praticamente apta a fazer a ligação entre o simbolismo destes gigantes e a história do Santo Graal e as lendas do Rei Arthur.

:.O Zodíaco de Glastonbury
Velho como as colinas que constituem as suas efígiese os rios que as serpenteiam, o Zodíaco de Glastonbury estende-se por toda a paisagem num diâmetro de 16 km. Os homens completaram este padrão astrológico com caminhos, canis, fortificações. Este Templo das Estrelas constitui a síntese da astrologia, das lendas do Rei Arthur e da Nova Idade da Filosofia. Desvendar seu significado requer uma enorme paciência e imaginação, pois tudo se baseia em associações de nomes locais e lendas, mais do que em fatos históricos.

Arthur é sagitário, Guinevere, virgem, Merlin, o mágico, é capricórnio, e Sir Lancelot, leão. Glastonbury localiza-se em aquário, que é representado por uma Fênix – a Nova Idade nascida das cinzas da antiga. O Vaso Sagrado é o bico do pássaro, o outeiro, a sua cabeça e a abadia, o Castelo do Graal.

:.Uma Perita do Zodíaco
Mary Caine, professora de Arte Inglesa, é a mais conhecedora e interessada nos estudos sobre o zodíaco de Glastonbury. Membro da Ordem de Druidas de Londres, acrescentou uma profusão de pormenores ao já tão rico simbolismo do zodíaco e filmou o próprio do ar. A sua principal contribuição para o conhecimento do zodíaco foi a descoberta de um rosto messiânico na figura de Gêmeos a colina de Dundon Camp, a meio caminho entre as cidades de Glastonbury e de Somerton. Mary Caine contribuiu ainda para o estudo destes desenhos terrestres com a descoberta de um zodíaco semelhante a volta de Kingston-on-Thames, em Surrey, Inglaterra.

:.Mais Curiosidades
§ Os terraços que rodeiam o outeiro assinalam, provavelmente, o tortuoso caminho dos peregrinos, uma espécie de espiral que conduz ao cimo e que data do tempo em que os primeiros cristãos se estabeleceram em Glastonbury. Existe ainda um caminho que atravessa a colina a direita e que liga a outros lugares sagrados da zona.

§ Em tempos idos, Glastonbury não passava de uma ilha, dado que o mar cobria quase toda planície de Somerset Levels, entre as colinas de Mendip e de Quantock. Os vestígios da Idade do Ferro e as aldeias lacustres confirmam-no e levam a concluir que os barcos podiam navegar até Glastonbury.

§ De 1127 a 1825 foi costume fazer-se todos os anos uma feira no sopé do outeiro de Glastonbury em honra a São Miguel. A feira durava seis dias. Da Igreja de S. Miguel resta apenas a torre; na sua fronteira vêem-se, esculpida, algumas figuras curiosas. Uma delas representa o diabo comparando uma alma humana com o resto do mundo e outra um pelicano abrindo o peito.

§ No Chalice Hill, entre o outeiro e a abadia, corre o Vaso Sagrado. A lenda conta como o poço foi construído com grandes pedras pelos druidas e como o cálice da Última Ceia foi posteriormente arremessado as águas cor de sangue.


 





Lugares Misteriosos – Del Prado
Jennifer Westwood
Edição de 1995


:. Vocabulário
(Para aqueles que tiveram dificuldades com as palavras, como eu)
ABADIA = mosteiro dirigido por um abade (superior de ordem religiosa).
CEPO = pedaço de madeira em formato de tábua.
CIMO = topo de uma montanha.
CHARCO = pântano.
EFÍGIE = figura, imagem, retrato.
LACUSTRE = relativo à lago.
OUTEIRO = colina, pequena eminência de terra firme.
SOPÉ = parte mais baixa de uma montanha.


terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Papoula: História e Realidade

Tenho lido "O Maravilhoso Mágico de Oz", presente (precioso) de meu namorado...
Dias atrás estava no Capítulo 8: Os Campos Mortais de Papoula; onde, resumidamente, Dorothy, Totó, o Espantalho, o Homem de Lata e o Leão Covarde atravessam um campo de papoulas para se chegar na Cidade das Esmeraldas de Oz.
Acontece que, no livro, se diz que o cheiro da papoula pode fazer alguém adormecer, e num campo tão imenso, adormecer alí, seria para sempre...
Dorothy e seu cãozinho logo caíram de sono. E logo depois o grande Leão. O Espantalho e o Homem de Lata que não sentiam fome, e obviamente também não sentiam cheiro, conseguiram tirar Dorothy e Totó dalí. Porém, o Leão Covarde foi salvo mais tarde, pois simplesmente era muito pesado para os dois.
Enfim...
Isso despertou minha curiosidade sobre a Papoula.
Gostaria de dividí-la com vocês...

:.Papoula, a Dormideira






Ficha da Planta:
Papoula
Nome científico: Papaver somniferum
Família: Papaveráceas
Origem: Ásia
Floração: verão
Propagação: por sementes 


A papoula foi muito conhecida nos tempos remotos, tinha muito prestígio entre os médicos da Grécia antiga. Na mitologia grega era relacionada a Hipnos, o deus do sono, pai de Morpheu - que a tinha como planta favorita e, por isso, era representado com os frutos desta planta na mão. Há também uma estreita relação entre a papoula e a deusa grega Nix, a Noite. Deusa das Trevas, filha do Caos, é na verdade a mais antiga das divindades. Freqüentemente, ela é representada coroada de papoulas e envolta num grande manto negro e estrelado. Em muitas referências ela se localiza noTártaro, entre o Sono e a Morte, seus dois filhos. Os romanos não a representavam em um carro, mas sempre adormecida.

A papoula é conhecida há mais de 5 mil anos - os sumérios já a utilizavam para combater problemas. Os antigos comiam a flor inteira ou a maceravam para obter o sumo. Na Mesopotâmia, curavam-se doenças como insônia e constipação intestinal com infusões obtidas a partir da papoula. Mais tarde, os assírios e depois os babilônios herdaram a arte de extrair o suco leitoso dos frutos para fazer remédios.

Hipócrates foi um dos primeiros a descrever seus efeitos medicinais contra diversas enfermidades. Há quem defenda que mais tarde, um médico grego em Roma, padronizou a preparação do ópio com uma fórmula (o mitridato) e a receitava aos gladiadores. O uso do ópio difundiu-se pela Europa no início do século XVI, mas sofreu forte combate quando a Igreja Católica começou a controlar os remédios. Foi por essa época que Paracelso, o famoso médico e alquimista suíço, elaborou um concentrado de suco de papoula - o láudano, que teria o poder de curar muitas doenças e até de rejuvenescer. A disseminação desta crença levou à popularização do seu uso em todo o mundo ocidental. Com o tempo e com a expansão das rotas comerciais, o ópio acabou por se tornar uma droga universal.

Por volta de 1803, o cientista alemão Frederick Sertuener, observando que os diferentes subprodutos da papoula produziam efeitos diversos, procurou isolar os elementos narcóticos do ópio. Assim, ele obteve um cristal alcalóide de efeito muito intenso: era a morfina.

A papoula é uma planta da Família das Papaveráceas, também conhecida como dormideira. É uma herbácea anual que apresenta propriedades alimentares, oleaginosas e medicinais. A planta apresenta um caule alto e ramificado, com folhas sésseis e ovaladas. As flores são grandes, brancas, rosas, violáceas ou vermelhas, e o fruto é uma cápsula. Por toda a planta circula um látex branco. Todas as partes da papoula são consideradas venenosas, com exceção das sementes maduras.

O ópio é retirado a partir do látex encontrado nas cápsulas que não atingiram a maturação. Ao se fazer cortes na cápsula da papoula, quando ainda verde, obtém-se um suco leitoso, o ópio (em grego, refere-se a suco), que contém cerca de 25 alcalóides - o mais importante deles é a morfina, presente em até 20% no ópio.

Os nomes relacionados à papoula são bem sugestivos O nome científico da planta "somniferum"(relacionado a sono) e a origem do nome "morfina" (relacionada ao deus da mitologia grega Morfeu, o deus dos sonhos) nos levam a compreender os efeitos que o ópio e a morfina podem produzir: são depressores do sistema nervoso central. Além disso, o ópio ainda contém outras substâncias, como acodeína, e é dele também que se obtém a heroína, uma substância semi-sintética, resultado de uma modificação química na fórmula da morfina.

Todos os alcalóides do ópio são narcóticos. O maior problema dos opiáceos é o seu poder de provocar dependência. Tanto a morfina, como o seu derivado, a heroína, criam uma euforia de sonhos, seguida de uma sedação associada a uma sensação de bem estar. Entretanto, o uso constante e prolongado leva a um envenenamento crônico que pode causar deterioração física e até a morte. Os períodos de abstinência da droga são marcados por náuseas, insônia e intensas dores musculares.

Em alguns lugares do mundo o cultivo da papoula é permitido. É o caso da Tasmânia e da Tailândia. Lá, os membros do grupo dos Hmong (oriundos da China) cultivam a papoula e usam uma parte da flor para suas cerimônias religiosas. O governo da Tailândia lhes deu permissão especial para cultivar esta planta. Entretanto, se algum membro da tribo é encontrado fora da comunidade com a papoula, é detido imediatamente, o que gera conseqüências para toda a comunidade.


Por Rose Aielo Blanco
Retirado do site Jardim de Flores



segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Estado de Espírito

Meus olhos caídos aceleram o improvável
Meu mundo já não tem nada de meu
Minhas mãos trêmulas me deixam em abandono
A pele seca dá indícios do "por vir"...
Já não tem mais cor, nem som
Nem criatura que faça "alegrar".
Raiva?...
Pode se dizer que sim
Mas o que impera é o abandono totalmente visceral...

E a todos que leram: Boa Noite!
Boa Tarde!
Bom Dia!
...
Espero me deitar para algo completo.
Algo que me invada!
...
Muitas das vezes, o surreal é mais convidativo do que qualquer realidade.
...
Sem mais...


:.À esse post ofereço St. Anger do Metallica...

Xandria

Clique para escutar a música



Lisa Middelhauve



Xandria é uma banda da Alemanha, fundada em Bielefeld, em 1994. As músicas da banda combinam elementos de metal sinfônico e rock alternativo, o que dificulta definir exatamente a que gênero musical pertecem.
Depois de várias demos e de sucesso pela Internet, lançaram seu primeiro álbum em 2003, intitulado Kill the Sun. O álbum seguinte, Ravenheart de 2004, ficou por sete semanas em 36º lugar na paradas alemãs. Em 2005 a banda lança seu terceiro álbum India, o qual é voltado mais para o metal sinfônico. Em maio de 2008 Lisa Middelhauve deixa a banda por motivos pessoais, deixando agora o Xandria em uma fase de procura a uma nova vocalista.

Xandria com a nova vocalista
Kerstin Bischof

:.Discografia

Álbuns

  • Kill the Sun (2003)
  • Ravenheart (2004)
  • India (2005)
  • Salome The Seventh Veil (2007)
  • Now And Forever - The Best of Xandria (2008)


EPs/Singles

  • "Eversleeping" (2004)


Demos

  • Xandria (1997)
  • Kill The Sun (2000)

Essa é a letra de uma das músicas que eu mais gosto do Xandria.
Você pode escutá-la no player no início do post.

:.Black And Silver
I am amused
You seem to love me
But be reserved
Before you huff me

I'm used to winners
I need the fame
And if you touched me
You'd be my shame

Your childish dreams are all in vain
To me your kind is all the same

A starlit sky
Of black and silver is my core
My last goodbye
Makes you want me even more
For silver is my fame
Black is my name

I am a queen
And if you creep
I'll push my blade
Still-water-deep

I am a dream
A fairy-tale
Your endless quest
Your holy grail

Thanks so much for your confusion
I will be your lost illusion

Deep inside
The silver shines as black as can be
My disguise
The wolf among the sheep, you want me
To me your kind is all the same
To me your kind is all the same



:.Tradução - Preto e Prata

Eu sou divertido
Você parece me amar
Mas seja reservado
Antes que você me irrite

Eu estou acostumado com vencedores
Eu necessito da fama
E se você me tocasse
Você seria minha vergonha

Seus sonhos infantis foram em todos em vão
Pra mim seu tipo é sempre o mesmo

Um céu estrelado
Meu interior é de preto e prata
Meu último adeus
Faz você me querer ainda mais
Pela prata está minha fama
O preto é meu nome

Eu sou uma rainha
E se você rastejar
Eu empurrarei minha lâmina
Ainda-água-profundo

Eu sou um sonho
Um conto-de-fadas
Sua dúvida infinita
Seu santo graal

Muito obrigada por sua confusão
Eu serei sua ilusão perdida

No fundo
A prata brilha tanto quanto o preto pode ser
Meu disfarce
O lobo entre os carneiros, você me quer
Pra mim seu tipo é sempre o mesmo
Pra mim seu tipo é sempre o mesmo

domingo, 26 de dezembro de 2010

Pentagrama - O Símbolo Através da História



A humanidade sempre teve ao seu redor um mundo de forças e energias ocultas que muitas vezes não conseguia compreender nem identificar. Assim sendo, buscou ao longo dos tempos, proteção a esses perigos ou riscos que faziam parte de seu medo ao desconhecido, surgindo aos poucos muitos objetos, imagens e amuletos, criando-se símbolos nas tradições de cada povo.
O pentagrama está entre os principais e mais conhecidos símbolos, pois possui diversas representações e significados, evoluindo ao longo da história. Passou de um símbolo cristão para a atual referência onipresente entre os neopagãos com vasta profundidade mágica.

 :.Origens e Difusões
 Num dos mais antigos significados do pentagrama, os Hebreus designavam como a Verdade, para os cinco livros do Pentateuco (os cinco livros do Velho Testamento, atribuídos a Moisés). Na Grécia Antiga, era conhecido como Pentalpha, geometricamente composto de cinco As.
O pentagrama também é encontrado na cultura chinesa representando o ciclo da destruição, que é a base filosófica de sua medicina tradicional. Neste caso, cada extremidade do pentagrama simboliza um elemento específico:Terra, Água, Fogo, Madeira e Metal. Cada elemento é gerado por outro, (a Madeira é gerada pela Terra), o que dará origem a um ciclo de geração ou criação. Para que exista equilíbrio é necessário um elemento inibidor, que neste caso é o oposto (a Água inibe o Fogo).
A geometria do pentagrama e suas associações metafísicas foram exploradas por Pitágoras e posteriormente por seus seguidores, que o consideravam um emblema de perfeição. A geometria do pentagrama ficou conhecida como A Proporção Divina, que ao longo da arte pós-helênica, pôde ser observada nos projetos de alguns templos. Era um símbolo divino para os druidas. Para os celtas, representava a deusa Morrighan (deusa ligada ao Amor e a Guerra). Para os egípcios, era o útero da Terra, mantendo uma relação simbólica com as pirâmides.
Os primeiros cristãos tinham o pentagrama como um símbolo das cinco chagas de Cristo. Desse modo, visto como uma representação do misticismo religioso e do trabalho do Criador. Também era usado como símbolo da comemoração anual da visita dos três Reis Magos ao menino Jesus. Ainda, em tempos medievais era usado como amuleto de proteção contra demônios.
Os Templários, uma ordem de monges formada durante as Cruzadas, ganharam grande riqueza e proeminência através das doações de todos aqueles que se juntavam à ordem; além de grandes tesouros trazidos da Terra Santa. Na localização do centro da Ordem dos Templários, ao redor de Rennes du Chatres, na França, é notável observar um pentagrama natural, quase perfeito, formado pelas montanhas que medem vários quilômetros ao redor do centro. Ainda é possível perceber, a profunda influência do símbolo, em algumas Igrejas Templárias em Portugal, que possuem vitrais na forma de Pentagramas. No entanto, Os Templáriosforam dizimados pela mesquinhez da Igreja e pelo fanatismo religioso de Luis IX, em 1303. Iniciou-se assim a Idade das Trevas, onde se queimavam, torturavam e excomungavam qualquer um que se opusesse a Igreja. Durante esse longo tempo de Inquisição, a igreja mergulhou no próprio diabolismo ao qual se opunha. Nessa época o pentagrama simbolizou a cabeça de um bode ou do diabo, na forma de Baphomet, o mesmo que a Igreja acusou os Templários de adorar. Assim sendo, o pentagrama passou de um símbolo de segurança à representação do mal, sendo chamado de Pé da Bruxa. Assim, a perseguição da Igreja fez as religiões antigas se ocultarem na clandestinidade.
Ao fim da era das Trevas, as sociedades secretas começam novamente a realizar seus estudos sem o medo paranóico das punições da Igreja. Ressurge o Hermetismo, e outras ciências misturando filosofia e alquimia. Floresce então, o simbolismo gráfico e geométrico, emergindo aRenascença numa era de luz e desenvolvimento. O pentagrama agora, significa o Microcosmo, símbolo do Homem de Pitágoras representado através de braços e pernas abertas, parecendo estar disposto em cinco partes em forma de cruz (O Homem Individual). A mesma representação simboliza também o Macrocosmo, o Homem Universal, um símbolo de ordem e perfeição, a Verdade Divina. Agrippa (Henry Cornelius Von de Agrippa Nettesheim), mostra proporcionalmente a mesma figura, colocando em sua volta os cinco planetas e a Lua no ponto central (genitália) da figura humana. Outras ilustrações do mesmo período foram feitas por Leonardo da Vinci, mostrando as relações geométricas do Homem com o Universo.
Posteriormente, o pentagrama também foi associado aos quatro elementos essenciais (terra, água, ar e fogo) mais o quinto, que simboliza o espírito (A Quinta Essência dos alquimistas e agnósticos)
Na Maçonaria, o Laço Infinito (como também era conhecido o pentagrama, por ser traçado com uma mesma linha) era o emblema da virtude e do dever. O homem microcósmico era associado ao Pentalpha (a estrela de cinco pontas), sendo o símbolo entrelaçado ao trono do mestre da Loja.
Com Eliphas Levi (Alphonse Louis Constant), o pentagrama pela primeira vez, através de uma ilustração, foi associado ao conceito do bem e do mal. Ele ilustra o pentagrama microcósmico ao lado de um pentagrama invertido (formando a cabeça do bode, Baphomet).
O pentagrama voltou a ser usado em rituais pagãos à partir de 1940 com Gerald Gardner. Sendo utilizado nos rituais simbolizando os três aspectos da deusa e os dois do deus, surgindo assim a nova religião Wicca. Desse modo, o pentagrama retoma sua força como poderoso talismã, ajudado pelo aumento do interesse popular pela bruxaria e Wicca, que à partir de 1960, torna-se cada vez mais disseminada e conhecida. Essa ascensão da Wicca, gera uma reação da Igreja da época, chegando ao extremo quando Anton LaVey adota o pentagrama invertido (em alusão a Baphomet de Levi), como emblema da sua Igreja de Satanás, e faz com que a Igreja Católica considere que o pentagrama (invertido ou não) seja sinônimo de símbolo do Diabo, difundindo esse conceito para os cristãos. Assim naquela época, os Wiccanos para se protegerem dos grupos religiosos radicais, chegaram a se opor ao uso do pentagrama.
Até hoje o pentagrama é um símbolo que indica ocultismo, proteção e perfeição. Independente do que tenha sido associado em seu passado, ele se configura como um dos principais e mais utilizados símbolos mágicos da cultura Universal.

Texto retirado do site Spectrum Gothic

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

De onde Veio o Natal?

Yule!
No Hemisfério Norte, dia 21 de Dezembro, se comemora Yule. Uma festa pagã.
Esse é o Solstício de Inverno, a noite mais longa do ano. A partir desse dia, o Sol se aproxima da Terra, e a escuridão do inverno ameaça ir embora. É quando a Deusa dá a luz seu novo filho, o Deus renovado e forte, ainda bebê. É importante notar que no Hemisfério Norte, o Yule é comemorado na mesma época do Natal, e que tem significado muito parecido com o feriado cristão: o nascimento do Deus menino, filho de um Deus maior, aquele que trará a esperança à Terra.

O hábito de trazer Pinheiros para dentro de casa, é um hábito totalmente pagão: o Pinheiro, o Azevinho, e tantas outras árvores utilizadas no Natal são árvores que possuem as folhas perenes e sempre verdes, e por isso simbolizam a continuação da vida. Os sinos são símbolos femininos de fertilidade, e anunciam os espíritos que possam estar presentes. É desta data antiga que se originou o Natal Cristão.

Nesta época, a Deusa dá a luz o Deus, que é reverenciado como Criança Prometida. Em Yule é tempo de reencontrarmos nossas esperanças, pedindo parar que os Deuses rejuvenesçam nossos corações e nos dêem forças para nos libertarmos das coisas antigas e desgastadas. É hora de descobrirmos a criança dentro de nós e renascermos com sua pureza e alegria.


                                                                                                                                            Anamathy
        
Nota: No Hemisfério Sul, comemoramos Yule em 21 de Junho.


Reflexão Sobre o Final de Ano

Por que essa comoção pelo fim de ano?
Por que as pessoas ficam mais educadas, humildes, altamente cooperativas e até simpáticas?
Eu acho que deveriam ser assim durante todo o ano, e não usar o Natal de desculpa para ser “bom”.
Sinceramente acho que a pessoa que se transforma no Natal não passa de falsa e mesquinha!
Por que devemos usar o Natal como desculpa para resolver atritos familiares?
Como se fosse uma obrigação!...
Acho que bondade, educação, compreensão, são coisas que devemos exercer todos os dias!

Não faça o Natal de desculpa!
O Natal é sim uma festa de união...
Seja, ao menos, sincero com seu coração.


Anamathy

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Calendário



Do latim, calendarium, que veio de calendas, o primeiro dia de cada mês no calendário romano. Calendas veio do verbo latino calare, proclamar anunciar.
O calendário era uma total confusão nos primeiros anos da civilização romana.
Rômulo, o primeiro soberano, tentou dar uma ordem ao caos atribuindo 31 dias a alguns meses e 30 a outros. E o calendário ficou com 304 dias e 10 meses, começando em Março – o que explica a referência numérica dos nomes dos meses de Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro.

Martius
Mars (Marte), deus da agricultura, depois da guerra, pai de Rômulo e Remo. Esse mês marcava o início da primeira estação, a primavera.
Aprilis
Aphrilis, corruptela de Aphrodíte, nome grego da deusa Vênus – suas festas ocorriam no primeiro dia desse mês romano; para outros, Aprilis veio de aperire, abrir, porque esse era o mês em que os botões das flores começavam a se abrir.
Maius
A deusa Maia, deusa da primavera e do cultivo.
Junius
A deusa Juno, deusa da vida social e moral, protetora das mulheres.
Quintilis
Quintus, cinco.
Sextilis
Sextus, seis.
September
Septem, sete.
October
Octo, oito.
November
Novem, nove.
10º December
Decem, dez.

No século seguinte, Numa Pompílio, sucessor de Rômulo, acrescentou dois meses no calendário romano, cada um em seu extremo.

1. No início do ano:
Januarius
De Janus, o deus guardião de todas as portas e entradas (no caso a entrada de um novo ano). Seu diminutivo januella deu no português janela. Em inglês, janitor é porteiro.
2. No final do ano: Februarius
De Februa, uma festa religiosa de expiação e purificação que acontecia todo dia 15 desse mês. Como Fevereiro era o último mês do ano e tinha apenas 23 dias, os romanos sempre acertavam a diferença entre o final do ano de seu calendário com o final do ano solar acrescentando alguns dias após 23 de Fevereiro (o último dia do ano). Por isso é que hoje o ano bissexto recebe um dia a mais nesse mês.

            Em 1º de Janeiro de 45 a.C., Júlio César promoveu uma reforma no calendário, que passou a ter 365 dias e 12 meses (a essa altura, Fevereiro já vinha depois de Janeiro). Em homenagem póstuma a Júlio César, o mês Quintilis passou a se chamar Julius.
            Depois o senado romano decidiu homenagear o sucessor de César, seu sobrinho-neto Otávio – conhecido com o título de Augusto (consagrado) -, perpetuando o seu nome num mês do calendário. Concederam ao imperador o direito de apontar o mês que levaria seu nome, e ele escolheu Sextilis, o mês imediatamente seguinte a Julius. Mas aí apareceu um problema: o mês com o novo nome, Augustus, teria 30 dias e viria logo após o de Julius, com 31 dias. E Augusto, com a modéstia de um imperador romano, refletiu: “Meu mês não pode ser menor que o de César”. Como, então, acrescentar um dia a esse mês? Procura daqui, procura dali, e Augusto acha a solução: de Februarius, que tinha ficado com 29 dias desde Júlio César, ele retira o último dia e traz para seu mês. Por isso, Julho e Agosto ficaram com 31 dias. Para evitar que três meses seguidos – Julho, Agosto e Setembro – ficassem com 31 dias, Augusto tirou um dia de Setembro e outro de Novembro e os acrescentou a Outubro e Dezembro.
            Mas nem tudo ficou acertado. O calendário juliano determinava que se acrescentasse um dia no final de Fevereiro, de 4 em 4 anos, sem exceção, o que fazia com que cada ano tivesse a duração de 365,25 dias. No início, a distorção era insignificante, mas com o passar dos séculos, foi se avolumando.
            Em 1582, o papa Gregório XIII fez a correção final para o calendário dos nossos dias (o calendário gregoriano), determinando a forma de estabelecer qual ano é bissexto: é o que acontece de 4 em 4 anos e é divisível por 4, com a seguinte exceção: o ano final de um século só é bissexto quando divisível por 400, como é o caso de 1600 e 2000 (1700, 1800 e 1900 não foram anos bissextos). A correção promovida por Gregório XIII eliminou 10 dias do ano; assim, em 1582 quem foi dormir no dia 4 de Outubro acordou no dia 15.
            Por que o nome de bissexto para um ano que acontece de quatro em quatro anos? Bissexto veio do latim bisextus, formado de bi (duas vezes) + sextu (sexto), porque o ano de 366 dias tem duas vezes o número seis.

Texto retirado do livro “A Casa da Mãe Joana”
de Reinaldo Pimenta     
Edição de 2002


Nota de Anamathy:
Recomendo esse livro.
É sobre curiosidades nas origens das palavras, frases e marcas.
Para saber mais clique > A Casa da Mãe Joana