domingo, 12 de dezembro de 2010

Perséfone


"Todos os que habitavam em Olimpo foram enfeitiçado por esta menina [Perséfone], rivais no amor a menina casar, e Hermes ofereceu seus dotes para uma noiva. E ele ofereceu a sua vara como dom para decorar seu quarto [como preço da noiva para a mão dela em casamento, mas todas as ofertas foram recusadas por sua mãe Deméter]." 'Nonnus' - Dionysiaca 5.562



Filha de Zeus e Deméter, esta jovem Deusa grega, enquanto colhia flores, é raptada por Hades, o Deus do Mundo Subterrâneo.

Narciso foi a flor que seduziu Perséfone atraindo-a ao local onde a terra se abriu, surgindo Hades em sua carruagem dourada, puxada por cavalos imortais.

Contra a sua vontade Perséfone foi levada ao Submundo. Seus gritos não foram ouvidos por nenhum Deus ou mortal, exceto pela Deusa Hécate que os ouviu de sua caverna.

Deméter, Deusa da colheita, da fertilidade e dos grãos, ao perceber o sumisso de sua filha sai a sua procura. Muito triste e lamentosa, sua luz e alegria vão se extinguindo dando lugar a sua ira, o que provoca a seca e o frio na Terra.

Finalmente ao saber por Hécate o paradeiro de Perséfone, Deméter vai até Zeus pedindo que ele interceda junto a Hades para devolver sua filha.

Devido aos apelos da Deusa da fertilidade e às condições que provocou na Terra, Zeus intervem, mesmo tendo dado Perséfone a Hades como parte de um acordo, sem o conhecimento de Deméter. Mas o retorno de Perséfone não pode ser completo. Como já havia comido o fruto do mundo dos mortos, a romã, a Deusa não pode passar mais de seis meses no mundo dos vivos.

Perséfone volta à Terra trazendo com ela a Primavera, mas volta ao Submundo no período de Outono e Inverno.

Kore é outro nome dado à Perséfone para a sua fase Donzela, enquanto nela reina apenas a inocência. Pois ao dar entrada no Submundo e se tornar esposa de Hades, ela se torna a rainha e governante desse mundo junto com o seu Deus. Perséfone amadurece, ganha força e conhecimento.

A Rainha
Perséfone é descrita como uma mulher de olhos escuros por Oppiano, possuidora de uma beleza estonteante, pela qual muitos homens se apaixonaram, entre eles, Pírito e Adônis. 
Foi por causa deste último que Perséfone se tornou rival de Afrodite, pois ambas disputavam o amor do jovem, mas também outro motivo era porque Afrodite tinha inveja da beleza de Perséfone. 
Embora Adônis fosse seu amante, o amor que Perséfone sentia por Hades era bem maior. 
Os dois tinham uma relação calma e amorosa. As brigas eram raras, com exceção de quando Hades se sentiu atraído por uma ninfa chamada Menthe, e Perséfone, tomada de ciúmes, transformou a ninfa numa planta, destinada a vegetar nas entradas das cavernas, ou, em outra versão, na porta de entrada do reino dos mortos. 
Persefone interferia nas decisões de Hades, sempre intercedendo a favor dos heróis e mortais, e sempre estava disposta a receber e atender os mortais que visitavam o reino dos mortos a procura de ajuda. 
Apesar disso, os gregos a teminam e salvo excessões, no dia a dia evitavam falar seu nome (Perséfone) chamando-a de Hera inferni.

Representação
A rainha é representada ao lado de seu esposo, num trono de ébano, segurando um facho com fumos negros. 
A papoula foi-lhe dedicada por ter servido de lenitivo à sua mãe na ocasião de seu rapto. 
O narciso também lhe é dedicado, pois estava colhendo esta flor quando foi surpreendida e raptada por Hades. 
A ela também eram associadas as serpentes.


Fontes:

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