quarta-feira, 23 de março de 2011

A História do Circo


Pode-se dizer que as artes circenses surgiram na China, onde foram descobertas pinturas de quase 5.000 anos em que aparecem acrobatas, contorcionistas e equilibristas. A acrobacia era uma forma de treinamento para os guerreiros de quem se exigia agilidade, flexibilidade e força.

Em 108 a.C. houve uma grande festa em homenagem a visitantes estrangeiros, que foram recebidos com apresentações acrobáticas surpreendentes. A partir daí, o imperador decidiu que todos os anos seriam realizados espetáculos do gênero durante o Festival da Primeira Lua. Até hoje os aldeões praticam malabarismos com espigas de milho e brincam de saltar e equilibrar imensos vasos nos pés.

Nas pirâmides do Egito existem pinturas de malabaristas. Nos grandes desfiles militares dos faraós se exibiam animais ferozes das terras conquistadas, caracterizando os primeiros domadores.
 
Na Índia, os números de contorção e saltos fazem parte dos milenares espetáculos sagrados, junto com danças, música e canto.

O circo como conhecemos hoje só começou a tomar forma durante o Império Romano. O primeiro a se tornar famoso foi o Circus Maximus, que teria sido inaugurado no século VI a.C., com a capacidade para 150.000 pessoas. A atração principal eram as corridas de carruagens, mas, com o tempo, foram acrescentadas as lutas de gladiadores, as apresentações de animais selvagens e de pessoas com habilidades incomuns, como engolidores de fogo. Destruído por um grande incêndio, esse anfiteatro foi substituído, em 40 a.C., pelo Coliseu, cujas ruínas até hoje compõem o cartão postal número um de Roma. A Roma por sua vez, tem papel muito importante na história do circo.

Com o fim do império dos Césares e o início da era medieval, artistas populares passaram a improvisar suas apresentações em praças públicas, feiras e entradas de igreja. “Nasciam assim a família de saltimbancos, que viajavam de cidade em cidade para apresentar seus números cômicos, de pirofagia, malabarismo, dança e teatro”.

Tudo isso porém, não passa de uma pré-história das artes circenses, porque foi só na Inglaterra de século XVIII que surgiu o circo moderno, com seu picadeiro circular e a reunião das atrações que compõem o espetáculo ainda hoje. O ex-militar inglês Philip Astley da Cavalaria Britânica inaugurou, em 1768, em Londres, o Royal Amphitheatre of Arts (Anfiteatro Real das Artes), para apresentações com cavalos. Para quebrar a seriedade das apresentações, alternou números com palhaços e todo tipo de acrobata e malabarista.

No Brasil, mesmo antes do circo de Astley, já haviam os ciganos que vieram da Europa, onde eram perseguidos. Sempre houve ligação dos ciganos com o circo. Entre suas especialidades incluíam-se a domadores de ursos, o ilusionismo e as exibições com cavalos. Há relatos que eles usavam tendas e nas festas sacras, havia bagunça, bebedeira, e exibições artísticas, incluindo teatros de bonecos.

Eles viajavam de cidade em cidade, e adaptavam seus espetáculos ao gosto da população local. Números que não faziam sucesso na cidade eram tirados do programa.

O circo com suas características, em geral itinerante, existe no Brasil a partir dos fins do século XIX. Desembarcavam em um porto importante, faziam seu espetáculo, partiam para outras cidades, descendo pelo litoral até o rio da Prata, indo para Buenos Aires.

- Ilusionismo
Na Europa, a mágica demorou a ser difundida, pois a maioria da população era sem estudo, ignorante e bastante influenciada pela Igreja, que tudo avaliavam como sendo bruxaria e então apopulação acreditava que alguém que conseguia fazer uma moeda desaparecer ou então ressucitar uma ave, deveria ter pacto com o diabo.

Mesmo assim, a Inglaterra e parte da Europa Ocidental trazem registros de alguns mágicos que executavam sus truques para pequenas platéias.

No século XVI um livro fundamental para história da mágica. Reinaldo Scot, um fazendeiro que vivia no condado de Kent na Inglaterra, cansado das cruéis condenações que tudo se associavam a bruxarias e supertições, decidiu estudar a arte da magia com profissionais e escrever o livro "The Discovery of Witchcraft" (A Descoberta da Bruxaria). Este livro explica vários fundamentos da mágica, fundamentos esses usados até os dias de hoje.

Entretanto, James VI, que assumiu o trono inglês, ordenou que todos os exemplares deste livro fossem queimados, pois considerou se tratar de uma obra profana. Mas para o alívio dos estudantes de mágica, alguns exemplares sobreviveram e versões originais são encontradas hoje.

No século XVII a maioria dos mágicos eram camelôs que através de seus números, vendiam objetos.

Na feira de Saint German em Paris, surgem os primeiros mágicos teatrais.

Na época da Revolução, podemos dizer que aparecem os primeiros tratados sobre magia. O primeiro foi em 1963 escrito por Ozanam da França. Nesta época também são inaugurados seis teatros para mágicos.

O ilusionismo moderno deve grande parte das suas origens a Jean Eugéne Robert-Houdin, relojoeiro, que abriu um teatro de magia em Paris na década de 1840.

Um dos mais famosos praticantes desta arte foi Houdini, o "Rei das Fugas", que morreu devido a um ataque súbito de um boxeador, incrédulo acerca da resistência física do mágico, que afirmava ser capaz de levar um soco forte no estômago e não sentiria dor ou sofreria sequer consequências. O rapaz o socou antes que Harry Houdini estivesse preparado, ocasionando um problema interno que veio a causar a morte de Houdini dias depois, na noite de 31 de Outubro. 

2 comentários:

  1. Gente,
    esqueci de colocar as fontes da pesquisa...

    www.wikipedia.org
    www.infoescola.com
    www.brasilcultura.com.br

    Enjoy It! ;)

    ResponderExcluir
  2. Como as coisas são! Vc falando sobre Houdini e é aniversário dele hj.rs

    ResponderExcluir