quinta-feira, 24 de março de 2011

137º Aniversário de Harry Houdini

Só pra comemorar a coincidência.
Harry Houdini, um dos maiores mágicos e ilusionistas de todos os tempos, nasceu em 24 de março de 1874, na cidade de Budapeste, Hungria, com o nome de Erik Weisz. Mudou-se com os pais para os EUA aos 4 anos de idade, para a cidade de Appleton, Wisconsin, cidade esta em que Houdini alegava ter nascido em entrevistas posteriores. Chamá-lo de mágico e ilusionista é até reduzir sua habilidade. Ele estava mais para “escapista”, com uma habilidade incrível para abrir ferrolhos e algemas.


Começou na carreira de mágico aos 17 anos, sem grande sucesso. No entanto, após 1899, seus truques com algemas lhe renderam fama, fazendo com que se apresentasse nas melhores casas da época e rendendo-lhe um tour pela Europa no ano seguinte. Em 1912, começou a se apresentar se livrando da famosa “Câmara de Tortura Chinesa“. Nesta câmara, Houdini usava suas habilidades para prender a respiração por até três minutos, livrando-se de algemas mergulhado de ponta-cabeça na água.

Audacioso, chegou a quase encontrar a morte em um de seus truques, onde foi enterrado vivo sem caixão. Neste número, Houdini entrou em pânico ao cavar seu caminho de volta à superfície e desmaiou assim que colocou a mão para fora da terra, precisando ser resgatado.
Harry também atuou em outras frentes. Escreveu um livro em 1909, Handcuff Secrets(Segredos da Algema, em tradução livre), onde revelava vários de suas técnicas para se livrar de algemas; estrelou vários filmes, entre eles The Man From Beyond (O Homem do Além) e a série The Master Mystery (O Segredo Mestre); e se destacou desmascarando charlatães espiritualistas nos anos 1920, documentando suas técnicas em seu livro A Magician Among the Spirits (Um Mágico entre Espíritos).
Houdini morreu em 31 de outubro de 1926, aos 52 anos, vítima de uma peritonite, resultado de apendicite não tratada. Alguns dias antes, alegando que não sofria ferimentos quando golpeado acima da linha do estômago, um estudante, J. Gordon Whitehead, golpeou-lhe sem que tivesse tempo para se preparar. Há quem acredite que essa teria sido a causa da peritonite, embora Houdini já sofresse de apendicite desde alguns dias antes.
Houdini se manteve apresentando até o dia 24 de outubro, recusando-se a ir a um médico. Após uma febre de 40 graus e um desmaio no palco em Detroit, o mágico foi internado, falecendo sete dias depois





quarta-feira, 23 de março de 2011

A História do Circo


Pode-se dizer que as artes circenses surgiram na China, onde foram descobertas pinturas de quase 5.000 anos em que aparecem acrobatas, contorcionistas e equilibristas. A acrobacia era uma forma de treinamento para os guerreiros de quem se exigia agilidade, flexibilidade e força.

Em 108 a.C. houve uma grande festa em homenagem a visitantes estrangeiros, que foram recebidos com apresentações acrobáticas surpreendentes. A partir daí, o imperador decidiu que todos os anos seriam realizados espetáculos do gênero durante o Festival da Primeira Lua. Até hoje os aldeões praticam malabarismos com espigas de milho e brincam de saltar e equilibrar imensos vasos nos pés.

Nas pirâmides do Egito existem pinturas de malabaristas. Nos grandes desfiles militares dos faraós se exibiam animais ferozes das terras conquistadas, caracterizando os primeiros domadores.
 
Na Índia, os números de contorção e saltos fazem parte dos milenares espetáculos sagrados, junto com danças, música e canto.

O circo como conhecemos hoje só começou a tomar forma durante o Império Romano. O primeiro a se tornar famoso foi o Circus Maximus, que teria sido inaugurado no século VI a.C., com a capacidade para 150.000 pessoas. A atração principal eram as corridas de carruagens, mas, com o tempo, foram acrescentadas as lutas de gladiadores, as apresentações de animais selvagens e de pessoas com habilidades incomuns, como engolidores de fogo. Destruído por um grande incêndio, esse anfiteatro foi substituído, em 40 a.C., pelo Coliseu, cujas ruínas até hoje compõem o cartão postal número um de Roma. A Roma por sua vez, tem papel muito importante na história do circo.

Com o fim do império dos Césares e o início da era medieval, artistas populares passaram a improvisar suas apresentações em praças públicas, feiras e entradas de igreja. “Nasciam assim a família de saltimbancos, que viajavam de cidade em cidade para apresentar seus números cômicos, de pirofagia, malabarismo, dança e teatro”.

Tudo isso porém, não passa de uma pré-história das artes circenses, porque foi só na Inglaterra de século XVIII que surgiu o circo moderno, com seu picadeiro circular e a reunião das atrações que compõem o espetáculo ainda hoje. O ex-militar inglês Philip Astley da Cavalaria Britânica inaugurou, em 1768, em Londres, o Royal Amphitheatre of Arts (Anfiteatro Real das Artes), para apresentações com cavalos. Para quebrar a seriedade das apresentações, alternou números com palhaços e todo tipo de acrobata e malabarista.

No Brasil, mesmo antes do circo de Astley, já haviam os ciganos que vieram da Europa, onde eram perseguidos. Sempre houve ligação dos ciganos com o circo. Entre suas especialidades incluíam-se a domadores de ursos, o ilusionismo e as exibições com cavalos. Há relatos que eles usavam tendas e nas festas sacras, havia bagunça, bebedeira, e exibições artísticas, incluindo teatros de bonecos.

Eles viajavam de cidade em cidade, e adaptavam seus espetáculos ao gosto da população local. Números que não faziam sucesso na cidade eram tirados do programa.

O circo com suas características, em geral itinerante, existe no Brasil a partir dos fins do século XIX. Desembarcavam em um porto importante, faziam seu espetáculo, partiam para outras cidades, descendo pelo litoral até o rio da Prata, indo para Buenos Aires.

- Ilusionismo
Na Europa, a mágica demorou a ser difundida, pois a maioria da população era sem estudo, ignorante e bastante influenciada pela Igreja, que tudo avaliavam como sendo bruxaria e então apopulação acreditava que alguém que conseguia fazer uma moeda desaparecer ou então ressucitar uma ave, deveria ter pacto com o diabo.

Mesmo assim, a Inglaterra e parte da Europa Ocidental trazem registros de alguns mágicos que executavam sus truques para pequenas platéias.

No século XVI um livro fundamental para história da mágica. Reinaldo Scot, um fazendeiro que vivia no condado de Kent na Inglaterra, cansado das cruéis condenações que tudo se associavam a bruxarias e supertições, decidiu estudar a arte da magia com profissionais e escrever o livro "The Discovery of Witchcraft" (A Descoberta da Bruxaria). Este livro explica vários fundamentos da mágica, fundamentos esses usados até os dias de hoje.

Entretanto, James VI, que assumiu o trono inglês, ordenou que todos os exemplares deste livro fossem queimados, pois considerou se tratar de uma obra profana. Mas para o alívio dos estudantes de mágica, alguns exemplares sobreviveram e versões originais são encontradas hoje.

No século XVII a maioria dos mágicos eram camelôs que através de seus números, vendiam objetos.

Na feira de Saint German em Paris, surgem os primeiros mágicos teatrais.

Na época da Revolução, podemos dizer que aparecem os primeiros tratados sobre magia. O primeiro foi em 1963 escrito por Ozanam da França. Nesta época também são inaugurados seis teatros para mágicos.

O ilusionismo moderno deve grande parte das suas origens a Jean Eugéne Robert-Houdin, relojoeiro, que abriu um teatro de magia em Paris na década de 1840.

Um dos mais famosos praticantes desta arte foi Houdini, o "Rei das Fugas", que morreu devido a um ataque súbito de um boxeador, incrédulo acerca da resistência física do mágico, que afirmava ser capaz de levar um soco forte no estômago e não sentiria dor ou sofreria sequer consequências. O rapaz o socou antes que Harry Houdini estivesse preparado, ocasionando um problema interno que veio a causar a morte de Houdini dias depois, na noite de 31 de Outubro. 

terça-feira, 1 de março de 2011

Marte (Mês de Março)


Nome latino de Ares, deus da guerra.
            Uma das doze divindades do Olimpo. Filho de Júpiter e Juno. De caráter brutal, amante da luta e semeador de desentendimentos entre os deuses e os mortais, Marte era desprezado pelos próprios olímpicos.
            Originado da Trácia, cujo povo era considerado pelos gregos como bárbaro, rude e inculto, jamais foi bem aceito pela sociedade helênica. Em suas batalhas, os gregos preferiam invocar Minerva, deusa inspiradora de atos heróicos, executados com inteligência e astúcia. Enquanto as outras divindades participavam das lutas, protegendo um lado ou outro e salvaguardando a vida de seus heróis favoritos, Marte golpeava ao acaso, personificava a carnificina, o assassinato sem sentido, a violência gratuita. Revestido de couraça e capacete e armado de escudo, lança e espada, acompanhava-se de Deimos (o Medo) e Fobos (o Terror), seus filhos.
            Na guerra de Tróia, lutou ao lado de Heitor. Defrontando-se com Minerva, que defendia o campo inimigo, insultou-a e arremessou sua espada contra a égide da deusa. Esta afastou-se, apanhou uma pedra e lançou-a contra Marte, atingindo-o no pescoço. O deus caiu e suas armas espalharam-se no campo de batalha.
            Em oposição a sociedade grega que rejeitou Marte, os romanos tornaram-no a mais importante de suas divindades. Consideram-no pai de Rômulo e Remo. Primitivamente, cultuavam-no como o deus das tempestades. Invocavam-no para impedir que seus efeitos maléficos – chuvas fortes, granizo, neve – destruíssem as plantações. Marte era, pois, uma divindade essencialmente agrícola. Mais tarde provavelmente identificando a idéia de força instintiva, contida na tempestade, com a violência das batalhas, os romanos transformaram-no num deus guerreiro. Essa evolução coincide com a própria evolução da história romana. Assim como a divindade passou de agrícola a guerreira, o cidadão de Roma passou de camponês a soldado. Os romanos fizeram de Marte o protetor de suas lutas e conquistas.
            Marte não teve muito sucesso em seus amores. Perseguia deusas, ninfas e mortais, e, quando estas o rejeitavam, violentava-as brutalmente. De modo geral, os filhos de Marte eram homem violentos, que atacavam os viajantes e praticavam atos de crueldade.
            Os animais consagrados a Marte eram o cão e o abutre. Inicialmente ele era representado como um guerreiro barbudo, de capacete de alto penacho e revestido de pesada armadura. Mais tarde, figuram-no sob a forma de um jovem seminu, cujos únicos atributos de guerra eram o capacete e a lança.


Dicionário de Mitologia Greco-Romana
Editora Abril Cultural
-1973-